Você sabe a diferença entre Ecoturismo e Turismo de Natureza?

As atividades recreativas, esportivas e de experiência que tem a natureza como principal atrativo devem despertar uma reflexão sobre a conservação e a preservação do ambiente e sua biodiversidade ali encontrados. Mas nem sempre essa conscientização acontece, e os usuários (aventureiros ou turistas) acabam extrapolando os limites sustentáveis de suas atividades, gerando impactos que deveriam ser minimizados.

Rotas para prática do ciclismo em Barcarena-PA, Brasil.
Rotas para prática do ciclismo em Barcarena-PA, Brasil. Fonte Própria: (Rafael Meneses)

A falta de entendimento sobre o conceito do Turismo de Natureza e o Ecoturismo por parte dos promotores desses segmentos (agências de turismo e grupos de aventura/expedições/passeios) pode influenciar negativamente o uso sensato e equilibrado dos recursos naturais. Mas por que saber distingui-los faz tanta diferença?

Pra começar, é bom destacar que ambos os segmentos fazem parte do Turismo NA NATUREZA, mas um deles possui uma filosofia e princípios de preservação e conservação. Isso significa que você pode estar exercendo uma atividade recreativa ou esportiva de forma irresponsável ou, no mínimo, mal orientada; e, pra piorar, “comprando gato por lebre”. Como assim? Deixa eu te explicar. Como o Ecoturismo se tornou um termo de grife, altamente vendável e “ambientalmente correto”, a maioria dos serviços desse segmento costuma ser mais caro, embora mais atrativo. Aí eu te pergunto: você já contratou um serviço de ecoturismo ou turismo de experiência com slogan [eco] e sequer recebeu quaisquer orientações senão um “enjoy”? Eu já. E é aí que inicia o problema.

"...se em qualquer turismo NA NATUREZA você não for induzido a refletir sobre conservação e preservação, ou conscientização socioambiental, você estará praticando o turismo DE NATUREZA..."

Estudiosos do tema afirmam que o termo “ecoturismo” é utilizado indiscriminadamente, pois nem todas as atividades realizadas in natura podem receber essa denominação. Então, se em qualquer turismo NA NATUREZA você não for induzido a refletir sobre conservação e preservação, ou conscientização socioambiental, você estará praticando o turismo DE NATUREZA, que tem como mote a [paisagem como atrativo] e interesses de mercado. Mas isso não quer dizer que eu ou você estejamos errados por optar por esse tipo de experiência. Afinal, ela supervaloriza o contato e a inter-relação com a natureza, através da beleza cênica de ambientes naturais conservados ou correlacionados. Contudo, preciso destacar o ponto principal da problemática: o Turismo de Natureza causa impacto ambiental e social durante sua prática, por isso pode comprometer, ao longo do tempo, a qualidade do produto turístico oferecido.

Então, seja você um aventureiro ou praticante de esportes na natureza, ou um observador de fauna e flora, ou turista que foi capturado pelas belezas naturais, seja pra descanso, contemplação ou lazer, te convido a refletir sobre o que foi escrito no primeiro parágrafo desse texto. Acredito que independente da experiência que se tenha em ambientes naturais, princípios de conservação e preservação devem estar atrelados a prática escolhida, especialmente porque toda intervenção nesses ambientes gera impacto em algum grau.

O Brasil faz parte do topo de destinos do turismo ecológico no mundo. Suas paisagens indescritíveis representadas por formações rochosas, montanhas, cavernas, rios, cachoeiras, praias, e rica biodiversidade, atraem, por ano, cerca de 1 milhão de viajantes no pais, gerando uma receita estimada de US$ 70 milhões anuais. E, dos 35 hotspots de biodiversidade espalhados no planeta, dois estão concentrados aqui (Cerrado e Mata Atlântica), conforme classificação feita pela organização Conservation International (C.I). Em outras palavras, temos muitos atrativos e devemos usar o turismo responsável e sustentável para transformar meros visitantes em agentes de conservação através da educação ambiental. Afinal, quem conhece cuida!

Canoagem no rio Massarapó, Barcarena-PA, Brasil. Fonte Própria: (Rafael Meneses)
Canoagem no rio Massarapó, Barcarena-PA, Brasil. Fonte Própria: (Rafael Meneses)

Portanto, seja qual for a atividade nesses segmentos (observação de fauna; observação de flora; observação de formações geológicas e as visitas a cavernas; observação astronômica; mergulho livre; caminhadas e arvorismo; trilhas e safáris fotográficos; ciclismo, canoagem ou rafting), é fundamental avaliar se o agente contratado prima pelo turismo responsável, orientando a prática sustentável dentro dos limites que cabem cada atividade. Caso contrário, estaremos contribuindo negativamente para o pouco de natureza que nos resta, sem falar de transtornos gerados a comunidades nativas.

E assim finalizo por aqui te indicando o link do Manual de Boas Práticas Sanitárias no Turismo de Natureza da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura – ABETA. Após a realização de um cadastro simples, rápido e gratuito, você terá acesso a uma lista de manuais de boas práticas em diversas experiências na natureza, com conteúdo bastante completo e muito bem elaborado! Enjoy!

Quer saber sobre nossos projetos na área de Turismo de Natureza? Entre em contato com a gente!

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Rafael Freitas Meneses

Rafael Freitas Meneses

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